A Coreia do Norte realizou disparos de artilharia contra uma ilha  sul-coreana, perto da fronteira, voltando a elevar a tensão entre os  dois países. 
A Coreia do Sul respondeu também com ataques de artilharia e colocou o  seu alerta militar no nível mais alto fora de um período de guerra. 
O incidente está sendo visto como o mais grave desde a Guerra da Coreia,  nos anos 50, e acontece após oito meses de tensão depois do afundamento  do navio de guerra sul-coreano Cheonan. 
A BBC Brasil preparou uma série de perguntas e respostas sobre a crise entre as duas Coreias. 
O que motivou a troca de disparos? 
Ainda não se sabe o que provocou os disparos de artilharia, mas a área  da fronteira marítima entre as duas Coreias já foi palco de diversos  embates no passado. 
Antes do ataque, a Coreia do Norte havia protestado contra exercícios  militares sul-coreanos que estavam sendo realizados na ilha de  Yeonpyeong, onde agora vários prédios foram atingidos pela artilharia  norte-coreana. 
Como fica a situação entre os dois países depois do incidente? 
Analistas dizem que qualquer reaproximação significativa entre Coreia do Sul e do Norte parece improvável no futuro próximo. 
Antes da troca de disparos, havia sinais de que o governo norte-coreano tinha a intenção de se reconciliar com o vizinho do sul. 
O país havia oferecido retomar o reencontro de famílias divididas, além  de indicar que queria retomar negociações na área militar. 
Já a Coreia do Sul mandou arroz para a Coreia do Norte pela primeira vez  em dois anos, para ajudar a população atingida por inundações. 
Mas não houve mais nenhum avanço significativo nas relações entre os dois países. 
As negociações internacionais sobre o programa nuclear da Coreia do  Norte continuam paradas, e a revelação no último fim de semana de que o  país teria novas instalações para o enriquecimento de urânio tornou a  retomada das conversas ainda menos provável.
Houve alguma razão para que a tensão entre as duas Coréias voltasse a aumentar?
  
Uma disputa sem resolução sobre o afundamento de um navio de guerra sul  coreano neste ano deixou a relação entre os vizinhos - que permanecem  tecnicamente em guerra -- na pior situação em muitos anos. 
Na noite do dia 26 de março de 2010, o Cheonan, um navio de guerra  sul-coreano, estava deixando a ilha Baengnyeong perto da fronteira  marítima entre as duas Coreias no Mar Amarelo. 
Uma explosão partiu o navio em dois e ele afundou. 58 marinheiros conseguiram escapar, mas 46 foram mortos. 
Investigadores cogitaram que uma mina dos tempos da Guerra da Coreia  pudesse ser responsável pelo incidente ou que a explosão tivesse sido  causada por algum defeito no navio, mas acabaram concluindo que foi um  torpedo disparado por um submarino norte-coreano que afundou a  embarcação. 
Eles dizem ter encontrado parte do torpedo no fundo do mar com uma inscrição atribuída à Coreia do Norte.
Qual é a posição da Coreia do Norte sobre o assunto?
  
A Coreia do Norte nega qualquer envolvimento no episódio. O país  rechaçou a conclusão dos investigadores e pediu para conduzir sua  própria investigação, o que foi negado por Seul. 
As possíveis razões para o ataque não foram esclarecidas, mas uma das  teorias indica que o ataque poderia ter sido uma forma de Kim Jong-il  conseguir o apoio do exército no momento em que ele prepara seu filho  para sucedê-lo. 
Outras possibilidades colocam o ataque como uma ação unilateral do  Exército ou ainda uma tentativa de forçar Seul a retomar antigas  políticas comerciais e de auxílio ao vizinho do Norte.
Qual foi a reação internacional ao incidente com o navio?
  
Desde o início, Estados Unidos e Japão expressaram apoio a Seul e à  declaração do Conselho de Segurança da ONU condenando a Coreia do Norte. 
Após a declaração, os americanos começaram a realizar uma série de  exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul no Mar do Japão. 
Autoridades militares dos Estados Unidos dizem que os exercícios foram  planejados como uma demonstração de força à Coreia do Norte. 
O Japão também mandou militares para observar, o que indica um suposto apoio ao treinamento. 
Os Estados Unidos também anunciaram sanções bilaterais, direcionadas ao  comércio de armas e à importação de bens de luxo por Pyongyang. 
Mas a China, o maior parceiro comercial e aliado da Coreia do Norte, tem constantemente pedido moderação. 
Pequim tem evitado tomar medidas duras contra a Coreia do Norte, por  querer impedir que o regime do país vizinho entre em colapso, levando a  uma perigosa instabilidade e a uma onda de refugiados cruzando a  fronteira.
Fonte: BBC Brasil, disponível no site da Folha
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A BBC nunca foi uma fonte confiável... quer entender realmente o que se passa? acessem: http://solidariedadecoreiapopular.blogspot.com/2010/11/estado-terrorista-norte-americano.html
ResponderExcluiro que não foi divulgado foi que a Coréia do Sul teria atirado antes, parte de uma “exercício militar”.
ResponderExcluirOutra coisa que poucos sabem é que o proprio Estados Unidos ajudou a Coreia do Norte a fabricar a bomba construindo reatores para esta, através do Donald Rumsfeld. Lembra dele, o rei do Tamiflu?
A beligerância nuclear da Coreia do Norte foi uma criação quase que exclusivamente do governo dos EUA em que eles armaram o estado stalinista tanto direta como indiretamente através de distribuidores globais de armas sob o seu controle, nomeadamente o Dr. Abdul Qadeer Khan, conhecido também como AQ Khan.
Enquanto rotularam a Coreia do Norte como parte do “eixo do mal”, o governo americano entusiasticamente financiou cada etapa de seu programa de armas nucleares.
http://blog.antinovaordemmundial.com/2010/11/conflito-entre-as-coreias-ou-como-os-eua-ajudaram-a-coreia-do-norte-a-obter-a-bomba-atomica/