domingo, 28 de janeiro de 2018

Me mandaram ir para Cuba, então eu fui!

Nessa polarização política estúpida que estamos vivendo, quase sempre que alguém apresenta tendência ideológica mais à esquerda, aparece das sombras alguém pra dizer "vai para Cuba". Pois bem, eu fui, e a bordo de um navio cruzeiro sob o belíssimo mar do Caribe, me casei. Mas essa já é uma outra história...


Antes de seguir para Jamaica, Ilhas Cayman e México foram quatro dias na cidade de Havana. Mas antes de tecer minhas considerações, são necessárias algumas contextualizações sobre o passado de Cuba, e os caminhos pelos quais a ilha passou até chegar no ponto em que está. Cuba foi colonizada pela Espanha, e diferente das outras colônias, não conseguiu sua independência no turbilhão de eventos desencadeados pelas guerras napoleônicas, no início do século XIX. Foi apenas na década de 1890 que, com o apoio dos EUA, conseguiram se libertar do domínio espanhol. Ahhh mas esse apoio sairia muito caro, e logo após a independência, o governo norte-americano emplacou a chamada "Emenda Platt", que na prática dava aos americanos plenos poderes para intervir no governo cubano sempre que considerarem ameaçados seus interesses. E assim fizeram, alçando ao poder presidentes fantoches enquanto suas empresas lucravam como nunca se apropriando essencialmente da produção de bananas, cana de açúcar e tabaco. Isso sem contar os imensos resorts e cassinos construídos em Havana e Varadero, point de grandes ricaços e mafiosos. Enquanto isso o povo cubano amargava na imensa miséria, vivendo à margem de tudo isso. Cuba havia se tornado um imenso cassino-resort dos EUA.


Foi então que, no final dos anos 50, um grupo de revolucionários liderados por Fidel Castro, Camilo Cienfuegos e Ernesto "Che" Guevara organizou a massa pobre camponesa e, em 1° de janeiro de 1959, acabou com o governo do ditador Fulgêncio Batista (que fugiu para os EUA) e tomou o poder. A "Revolução Cubana" de 59 exerceu imenso magnetismo tanto nas forças de esquerda quanto de direita, aquecendo a guerra fria e sendo pretexto para uma guinada na postura dos EUA na América Latina, financiando várias ditaduras militares - Brasil inclusive - com medo de que se repetisse o exemplo cubano.


 Logo após a revolução em Cuba, o presidente americano John F. Kennedy decretou um embargo econômico à ilha, que de certa forma permanece até hoje, proibindo todo país aliado de manter qualquer tipo de relação econômica com o país de Fidel Castro. Foi então que Cuba se aproximou e se tornou uma íntima amiga da extinta União Soviética. Com os subsídios soviéticos, Fidel promoveu uma imensa transformação social no país, estatizando empresas e propriedades e centralizando tudo ao redor do Estado dando ao povo comida, educação e uma nova perspectiva de vida.

Problema é que no fim dos anos 80 a imensa União Soviética entrou em colapso e no início dos 90 finalmente terminou sua agonia. E Cuba ficou órfã. É por isso que a década de 1990 foi de penúria, uma crise social sem fim. Foi aí que o governo decidiu apostar no turismo e na gradual abertura econômica da ilha. Nesse momento, em 1993, foi criada uma nova moeda, o peso convertible, pareada com o dólar, más impondo uma taxa adicional de 10% devido ao embargo. Esta moeda é a que os turistas usam o Cuba, e é apenas lá que ela circula. Pra quem tem interesse em ir para lá, é bom ficar bastante atento a esse detalhe e se programar. Se quiser, me dá um toque que eu passo as dicas... Bom, essa guinada criou duas realidades bem diferentes em Cuba, a do cubano e a do turista, tópicos que vou explorar mais adiante.

Sou formado em história, e desde antes da academia a história cubana já era algo que me fascinava. A revolução, a figura de Che Guevara... Partes desse magnetismo e romantismo que cerca a ilha. É aqui que se amarram as arestas, pois munido de todas essas informações desembarquei no modesto aeropuerto internacional San Martí, ansioso pra conversar com as pessoas, saber o que elas pensam, ver com meus próprios olhos. No aeroporto contratei os serviços de táxi, um carro moderno (nem sei que marca é) com ar condicionado e cheirando a novo. Pelas ruas, vi um trânsito bem doido mesmo pra quem está acostumado com São Paulo, mesclando carros novos aos tradicionais antigões dos anos 50, que ainda circulam aos montes e, em geral, também são táxis. Por nós passou um veículo Audi novíssimo, espantado perguntei ao taxista quem na ilha tinha plata para tal aquisição, ao que me respondeu: "tem gente rica, o socialismo não é para todos". Recebendo em CUC (peso convertible), em euros ou dólares, o turismo criou uma nova classe social no país.

Isso é muito importante para fugirmos dos extremos: nem idealizar o socialismo cubano como algo divino, tampouco jogar tudo na lata de lixo do senso comum, como se todo mundo lá fosse miserável morto de fome e o nosso capitalismo seja a melhor coisa do mundo. Há vida fora dos extremos, e lá devemos habitar.

Caminhamos muito, quase que  de uma ponta a outra de Havana, da Plaza de la Revolución hasta Centro Habana y Habana Vieja. Caminhamos pela parte turística e pelas "quebradas" da cidade, inclusive a noite, e em nenhum momento nos sentimos ameaçados, mesmo portando câmera fotográfica e com dinheiro na carteira. Isso é algo importante de se dizer, pois desconheço qualquer grande cidade brasileira que se pode andar com essa segurança. O fator ditadura em Cuba talvez possa ser um argumento, mas é insuficiente, pois em Montego Bay (segunda maior cidade da Jamaica) e em Cozumel (importante cidade turística perto de Cancún) também ficamos admirados com tanta paz, pois não estamos acostumados. Me parece mais uma questão estrutural, de educação do povo. Aliás, se segurança fosse garantida simplesmente pelos aparatos de repressão, a lógica dos governos estaduais brasileiros estaria certa e não haveria tanto problema nas nossas grandes cidades.

Outro detalhe, quem se propõe a ir às Cuba precisa ter em mente que o turismo lá é algo novo, e que ainda está sendo criada uma estrutura bacana para receber os turistas. Internet mesmo é algo meio precário, pois só funciona em alguns pontos e pra usar tem que comprar uma tarjeta (cartão) que custa entre 1 e 3 CUC, e se parece muito com o que se tinha antes do 3g.

Esta falta de estrutura, no entanto, é compensada por um imenso calor humano, por um povo fantástico, educado e com um belo sorriso no rosto, especialmente quando recebem brasileiros. Sim, eles amam o Brasil e sabem tudo sobre nossas novelas, carnaval e até mesmo do caos político que estamos vivendo. Nas ruas não vimos nenhum sinal de mendicância, nenhuma criança pedindo dinheiro ou vendendo balas no sinal... Isso se deve ao fato de que a educação é 100% pública e de qualidade no país, inclusive as universidades. No tour com o ônibus turístico que passa por toda a da cidade, vimos também vários hospitais e postos de saúde, igualmente 100% públicos. A medicina cubana é muito admirada. Isso indica porque os indicadores de IDH, que medem o nível de qualidade de vida, de Cuba são melhores que os nossos. Segundo dados do PNUD/ONU Cuba ocupa a 69º posição com 0,769, enquanto o Brasil está em 75º com índice 7,55, numa escala que vai de 0 a 1.

Isso tudo é realmente lindo e utópico tendo em vista a nossa realidade, mas nem tudo são flores. Cuba tem o mesmo governo desde 1959, sendo 49 anos de Fidel Castro e 10 de seu irmão, Raúl. Para março de 2018 estão marcadas eleições legislativas e já se sabe que em abril Raúl passará o bastão, e obviamente o sucessor já está escolhido e provavelmente será seu vice presidente, Miguel Díaz-Canel. Não há oposição. Nesse percurso de 1959 até 2018, com o pretexto de se "manter a revolução", muita gente foi para o paredão, assim como muitos outros sofreram com uma forte repressão, bem como milhares de exilados. Não importa se é de direita ou de esquerda, ditadura é ditadura e não há liberdade dentro dela. Preciso ser coerente em relação às minhas convicções. 

Na fala tanto de Henrique, garçom do hotel que ficamos os dias antes de embarcar, quanto
de um dos fotógrafos do navio, há uma grande restrição aos cubanos de saírem do país, seja pela questão financeira, seja pelo impedimento do próprio governo. Um cubano só
pode viajar ao exterior mediante justificativa apresentada à imigração, onde também se deve provar que o objetivo não é fugir do país. Percebe-se gratidão pelos avanços sociais alcançados, mas também desilusão quanto à falta de maiores oportunidades e de perspectivas futuras.

Está certo que o custo de vida é baixíssimo, mas os salários são igualmente baixos. Um enfermeiro pós graduado, por exemplo, recebe em média 40 pesos convertibles (algo em torno de R$150,00), o nosso garçom gente fina ganha 20 pesos (R$80,00) mensais. Essa é a média da imensa maioria da população... Antes de conclusões mais apressadas, é preciso entender que nós aqui não fazemos nada com R$100,00 mensais, mas com esse equivalente em moeda local, o cubano em geral consegue ter uma vida melhor do que uma grande parte da nossa população, que tenta sobreviver sem ao menos o mínimo do mínimo. Problema é que, dependendo do ponto de vista e da ambição envolvida, para muitos é realmente muito pouco... É por isso que em muitos você encontra uma grande vontade de sair da ilha e tentar a vida em outros países, na esperança de ganhar dinheiro suficiente para comprar tudo o que o capitalismo pode oferecer. Me isento de qualquer julgamento, pois eu realmente não sei o que faria se estivesse no lugar deles.

Gostaria que, aqui no Brasil, conseguíssemos de alguma forma conciliar a nossa liberdade de expressão e de ir-e-vir com uma vida mais digna e justa para o povo que mais precisa. Não vejo no horizonte nenhum sistema que possa substituir completamente o capitalismo, pois na dinâmica do mundo globalizado, é impossível se viver isolado. Um caminho mais prático e possível é a mobilização popular como caminho para se construir uma sociedade mais humana e justa, mesmo dentro do capitalismo.

Em suma, conhecer Cuba é uma incrível oportunidade para se moer preconceitos, desinformação e ignorância, assim como enxergar além do romantismo que cerca a revolução de 59. Não vá esperando encontrar o paraíso socialista dos anos 50, essa Cuba já não existe mais há muito tempo. Vá de mente e coração abertos, despido de pré-concepções, que você encontrará um povo sensacional, um país incrível que te oferece uma experiência singular cores, sons e sabores, além de um peculiar mergulho na história de um dos países mais interessantes do nosso continente.

PS: 1 minuto de silêncio para a mente pequena de quem acha que em Cuba "só tem comunista". Na verdade acho que esse preconceito idiota só tem aqui entre a classe média brasileira, pois em Havana se encontram turistas do mundo todo. Fiz amizade com argentinos e espanhóis, mas vi incontáveis italianos, alemães, russos, japoneses...

PS2: Tome mojito. Tome muito mojito, deve ter alguma feitiçaria no mojito que é feito em Havana, de tão bom!! Porém, com o que se paga pelo drink na famosa "Bodeguita del medio", se compra 2 ou quase 3 em outros pontos da cidade...

Abração a tod@s, e fico a disposição para dúvidas e esclarecimentos!! 

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Resenha: "Snowden - Herói ou vilão"

    Falar sobre Snowden é, antes de tudo, refletir sobre o "Grande Irmão" (Big Brother), isto é, a personificação do Estado opressor, presente no livro "1984", do britânico George Orwell. Trata-se do meu livro favorito, que transformou profundamente meu modo de enxergar as relações políticas e sociais do mundo em que vivemos, e recomendo fortemente a leitura minuciosa. Em linhas gerais, a história se desenvolve num Estado totalitário conhecido por "Oceania". Lá existe sobre parte da população um extremamente rígido sistema de vigilância e controle, vinculada a uma polícia de pensamento que vasculha sinais de subversão até nos atos e sentimentos mais secretos. Por toda parte se encontram cartazes exibindo um homem austero (leve semelhança com Joseph Stálin) e os dizeres: "O Grande Irmão está observando você". E está mesmo, através de teletelas, espécie de televisores espalhados por todos os lugares, especialmente nas casas das pessoas. Detalhe importante a ser frisado, em 1948 ainda não haviam televisões, menos ainda sistemas tão complexos de monitoramento por câmeras.


    O  livro, lançado em 1948 no contexto ainda dos regimes totalitários dos anos 30 e da segunda guerra mundial apresenta o prognóstico de um futuro sombrio, sem liberdade, sem privacidade. Mas quanto George Orwell adiantou, em sua obra, da realidade que vivemos no século XXI. Edward Snowden nos prova que foi muito.
    Snowden foi um prodigioso analista de redes de computadores que construiu carreira meteórica na CIA, onde tomou conhecimento que praticamente o planeta inteiro é espionado pelo governo dos EUA. Não se trata de combate ao terrorismo, mas essencialmente de manutenção da hegemonia estadunidense. Deste modo, são vigiados de perto líderes mundiais, inclusive aliados (as), as grandes empresas de tecnologia e qualquer pessoa com um smartphone, computador e acesso a internet. Controle é poder.
    Diante da importância dos dados aos quais teve acesso e a tirania que esse controle representa, Snowden resolveu delatar, vazar dezenas de gigabites de arquivos ultra secretos na internet via wikileaks e oferecer à imprensa um arsenal de notícias bombásticas. Barack Obama rebolou para se justificar frente a Dilma Roussef e Angela Merkel, por exemplo. O filme também relata como como o governo note-americano espionava também a Petrobrás, e não seria mera teoria da conspiração deduzir que há grande interesse estrangeiro no petróleo brasileiro. Talvez por isso tenhamos vendido nossos poços de pré-sal por valores tão irrisórios...
    O caminho que Snowden tomou é sem volta. Imediatamente à publicação das notícias pelo jornal britânico "The Guardian", ele foi considerado criminoso e, se voltar aos EUA, certamente será executado por alta traição.



    Edward Snowden hoje está sob a proteção da Rússia, o que possivelmente reacende fagulhas da guerra fria. Passado o choque das notícias, provavelmente o Grande Irmão EUA voltaram a espionar tudo e a todos, e devem estar nesse momento fuçando a caixa de e-mails, facebook ou whatsapp de incontáveis infelizes. Entretanto, a importância do ato de Snowden está em moer completamente o conto de fadas da privacidade, acaber com a inocência de acharmos que qualquer coisa que façamos, mesmo sob a máscara do anonimato, não seriam descobertas.
    Um dos mais importantes diretores de Hollywood, Oliver Stone é conhecido tanto por premiados sucessos de crítica e bilheteria como Wall Street e Platoon, como também por filmes de qualidade bastante questionável, como "Nascido em 4 julho" e "As torres gêmeas", nesse aqui acerta em muitos pontos. Primeiro, a escolha de  Joseph Gordon-Levitt para o papel de Edward Snowden. Além da aparência física, o ator deu muita qualidade na condução da trama. Bem verdade que o filme poderia ter cerca de 10 minutos a menos, fica creditado na conta de Stone o suspense político que permeia as 2h15m, por mais que, já saibamos o desfecho do fatos.



    Essencialmente a história reacende o debate em torno de direitos que achamos que temos, tais como liberdade e privacidade. Fica claro que não estamos mais no campo da ficção científica ou das teorias de conspiração, algum governo ou hacker pode, remotamente, utilizar qualquer celular ou web cam para espionagem, sendo que essa possibilidade muitas vezes somos nós mesmo que permitimos, quando para fazer algum cadastro ou baixar app clicamos no "aceito as condições". Fazendo isso também fornecemos uma infinidade de dados nossos para fins comerciais. Você realmente acha que o Facebook é gratuito? Repense seus conceitos...
   No filme também há alguns diálogos que se referem à internet como trincheira das guerras no século XXI, usando-se tal argumento para justificar todo tipo de ação ("Os fins justificam os meios" (MAQUIAVEL, Nicolau). Relacione esse fato à onde de ataques virtuais ocorrida recentemente, quando hackers aproveitaram uma falha do windows e espalharam um vírus que os dados de HDs de computadores empresariais e governamentais, exigindo pagamento de resgate em bitcoin, uma moeda virtual garimpada na internet. Somente depois de todo um estrago outros hackers conseguiram barrar os ataques, e descobriram que a origem do vírus foram IPs de China e Coréia do Norte. 
    Bom, fica a dica de um ótimo filme, além de uma boa indicação aos que vão prestar exames que contenham questões de atualidade.


domingo, 21 de junho de 2015

Reflexões sobre Deus

Hipótese da física quântica da existência de um multiverso, ou seja, vários universos possíveis.

Vivemos em um insignificante planeta, localizado numa galáxia dentre bilhões de outras galáxias, num universo (já se considera multiverso, ou seja, vários "universos") constantemente em expansão.

Quando se tem noção da imensidão disso tudo, é difícil não acreditar que por trás de tanta perfeição não haja algum tipo de força maior, criadora. É difícil acreditar que tudo tenha acontecido e se formado apenas pelo acaso. Não consigo descartar a existência de Deus.

Entretanto, da mesma forma, quando tomamos consciência do nosso tamanho e importância diante do multiverso, percebemos que ele não gira em torno do nosso umbigo. Amadurecendo o pensamento, não dá pra acreditar na figura de Deus como sendo um homem, pai ou o que seja, que a todos vigia e que a todos pune. Não acredito nesse Deus propagado pelas religiões, e acho que, se ele está mesmo por trás da criação de algo tão grandioso, ele tem mais o que fazer do que atirar pedras em "pecadores". 

Acredito que Deus não está preocupado se você foi ou não à missa/culto hoje, se pagou seu dízimo, quanto deu... Não está preocupado se beijou outro homem ou outra mulher, se fez sexo antes do casamento... enfim, é um absurdo acharmos que algo que fazemos pode "ofender" a Deus, e usarmos o discurso religioso para justificar nossas próprias hipocrisias. O que transgredimos, em alguns momentos, é o conjunto de normas sociais a qual chamamos ética, que rege nossa vida em sociedade procurando a melhor forma de convívio para todos. E a ética e os valores "morais" estão sempre em transformação, de acordo com o contexto histórico.

O que existe é a lei do retorno, isto é, quando você faz o bem e emana energias positivas, é isto o que tens de retorno. Da mesma forma que os que plantam maldades e são negativas, não podem receber outra coisa em troca. Isso é a 3ª lei de Newton, ação e reação, e independe de a pessoa ser religiosa ou não.

Na verdade, acho que Deus é a força que se expressa na beleza do amor, em tudo o que há de bom, não naquilo que os homens dizem em nome dele para justificar seus domínios, guerras e riquezas. Não é fechado numa igreja que se encontra Deus, é no mais simples e singelo ato de amar o teu próximo, sem julgamentos, apenas respeita-lo apesar das diferenças. Foi isso que Jesus fez, e por isso foi executado.

São tantas as reflexões que bombardeiam minha cabeça, pois não é a certeza que procuro, mas a dúvida que me faz questionar sempre mais e expandir meu campo de visão. Mas cada vez que penso nisso, percebo como as religiões infantilizam as pessoas, tornando-as incapazes de reconhecer como consequências de seus próprios atos e escolhas o sucesso ou fracasso de suas amargas vidas, que se reprimem dentro de uma igreja para tentar aplacar suas existências mesquinhas e hipócritas, sempre justificando tudo como sendo "vontade de Deus". Que dão crédito a pilantras que se dizem portadores dos ensinamentos divinos, enquanto se enriquecem às custas de um povo cada vez mais ingênuo e imbecilizado, incapaz de caminhar com as próprias pernas enquanto lhes são vendidas as muletas.

Não sei se existe céu, inferno, reencarnação, como imaginam as mitologias desde o início da humanidade... possivelmente não haja absolutamente nada ao fim de nossa existência terrena. Apenas sei que o único tempo que temos para ser feliz é agora, aqui na Terra, sem esperar como a um cão adestrado, algum tipo de recompensa além da vida.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Planos da Alemanha nazista para a América do Sul

Você já parou pra pensar como viveríamos num mundo diferente se a Alemanha de Hitler tivesse vencido a II Guerra Mundial? Considerando a política racista do nazismo de extermínio e escravidão de "raças inferiores", certamente teria havido vários outros genocídios, e sua influência certamente iriam além dos territórios europeus. E pensar que por vários momentos eles ficaram tão próximos da vitória... Com a chamada Blitzkireg (guerra relâmpago), o exército alemão se tornou poderoso e praticamente invencível, tropeçando apenas na soberba e loucura do próprio Adolf Hitler, que não admitindo que seus soldados recuassem um milímetro sequer, deixou que centenas morressem no norte Africano e na Rússia, além de ordenar tropas em missões suicidas quando os ventos da guerra mudavam de lado.

Você já parou pra pensar nos planos nazista para a América em caso de vitória. Seria certa uma invasão do Brasil, talvez partindo da base aérea de Dakar (Senegal). Uma vez dominado o sul da América, eles pretendiam transforma-los novamente à condição de colônia, além uma reorganização das territórios regionais, dividindo-o em apenas 4 grandes países: Argentina, Brasil, Chile e Nova Espanha. É o que revela este mapa encontrado após a guerra com a abertura dos arquivos nazistas...

Considerando fatores como o clima e população essencialmente branca, caberia à Argentina a hegemonia na porção sul continente, obtendo de Berlim privilégios que seriam negados à população negra e indígena.

Que terrível teria sido...


Fotos coloridas da Alemanha nazista

Às vezes parece que tudo não passou de um grande pesadelo de um filme de ficção, que a humanidade não foi capaz de cometer tantas atrocidades em tão pouco tempo. Mas então percebemos que foi sim tudo real, e pior, que a realidade foi ainda mais terrível do que podemos imaginar. A revista norte americana Life restaurou uma série de fotos da Alemanha nazista, procurando ser o mais fiel possível às cores originais. Abaixo estão algumas delas...